Triagem de alto rendimento (HTS)

A triagem de alto rendimento ou alta vazão (HTS, acrônimo do inglês High Throughput Screening) é um procedimento que faz uso de robótica, software de processamento de dados, equipamentos para manuseio de líquidos e detectores sensíveis, viabilizando a realização rápida de milhares ou milhões de testes. Esta tecnologia é fundamental no screening (triagem/seleção) de substâncias ativas dentro do processo de descoberto de fármacos. A técnica de binding (https://www.sbfte.org.br/wp-content/uploads/2019/01/LIVRO_INTEIRO_SBFTE_3.pdf) é muito usada para HTS em projetos de descoberta de fármacos guiados pelo alvo, porque se presta bem à robotização.

MLA

O ensaio de linfoma de camundongo (MLA, acrônimo do inglês Mouse Lymphoma Assay) faz parte de uma bateria de testes projetados para detectar o potencial efeito mutagênico de uma substância. Células heterozigotas em timidina quinase (TK+/-) são expostas a uma substância química (TFT) que causa a inibição do metabolismo celular e interrompe a divisão celular. As células que se tornam deficientes em TK-/- após mutação induzida por uma substância teste são resistentes aos efeitos citotóxicos do TFT e proliferam para formar colônias, mesmo na presença de TFT.

IND

O IND (acrônimo do inglês Investigational New Drug application) é o pedido feito junto à FDA solicitando autorização para iniciar os estudos clínicos e deve conter informações sobre três aspectos:

Estudos de farmacologia e toxicologia animal;

Informações sobre a fabricação (composição e fabricação do medicamento);

Protocolos clínicos e informações sobre os investigadores clínicos.

FDA

A FDA (acrônimo do inglês Food and Drug Administration) é a agência reguladora dos Estados Unidos da América, correspondendo a nossa ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Células MDCK

As células MDCK (do acrônimo inglês para Madin-Darby Canine Kidney) são de uma linhagem celular de rim de cão da raça Madin-Darby. Estas células são cada vez mais utilizadas pela indústria farmacêutica em vez das células CACO-2 por crescer mais rapidamente em cultura e serem mais propícias para transfecçaõ, com glicoproteína P, por exemplo, permitindo avaliar se o fármaco é transportado por esta bomba de efluxo. Desta forma, estas células MDCK normais e transfectadas permitem fazer uma avaliação mais completa da permeabilidade celular avaliando o papel da difusão passiva e dos mecanismos de efluxo.

Células CACO-2

Linhagem de células heterogêneas de adenocarcinoma epitelial humano colorretal. Quando cultivadas em condições específicas, as células tornam-se diferenciadas e polarizadas, de modo que seu fenótipo, morfologicamente e funcionalmente, se assemelhe aos enterócitos que revestem o intestino delgado. Quando cultivadas em monocamada confluente em um filtro especial (por exemplo, Transwell), as células se diferenciam para formar uma monocamada de células epiteliais polarizadas que fornece uma barreira física e bioquímica à passagem de íons e pequenas moléculas. Este modelo é amplamente utilizado em toda a indústria farmacêutica para prever a absorção de fármacos administrados por via oral, pois foi demonstrado haver boa correlação entre a permeabilidade aparente in vitro (P-app) nas monocamadas de CACO-2 e a fração absorvida in vivo (fa).

CE50

A concentração efetiva média (CE50) é a concentração de uma substância que causa 50% da resposta máxima. Quando a resposta é uma diminuição e não aumenta de uma função, certos autores usam alternativamente o parâmetro CI50.

Ensaio de fase 3

O ensaio clínico de fase 3 é um estudo terapêutico ampliado, envolvendo grupos grandes e variados de pacientes (1000-5000) em diferentes centros e países (estudos multicêntricos). 

O principal objetivo é de avaliar o risco-benefício (eficácia e segurança) a curto e longo prazo. O segundo objetivo é de estabelecer o valor terapêutico absoluto e relativo e de registrar tipo e perfil das reações adversas mais frequentes.

Ensaio de fase 2

O ensaio clínico de fase 2 é um estudo terapêutico piloto utilizando um pequeno grupo de pacientes (100-300), do tipo controlado e duplo-cego. Geralmente este estudo é dividido em duas etapas: a primeira (fase 2A) é uma prova de conceito, onde se comprova algum efeito terapêutico, enquanto que a segunda (fase 2B) serve para  refinar a curva dose-efeito. 

O principal objetivo é de demonstrar eficácia. O segundo objetivo é de avaliar a segurança de curto prazo, em pacientes com uma determinada enfermidade.